Longe de ter o melhor desempenho técnico no Campeonato Brasileiro, o Corinthians lidera aquela que considero a competição mais equilibrada dos torneios de futebol do planeta. Embora ainda haja bastante desconfiança pela inconstância com a qual o time se apresenta em campo, chegando a tomar sufoco de adversários teoricamente inferiores, tanto em nível futebolistico como em expressão e representatividade no cenário esportivo, o Timão de Vitor Pereira dá respostas conquistando pontos importantes no certame em que os corridos ditam quem é o melhor.
No último sábado, por exemplo, a recuperação do péssimo empate em 1 x 1 conquistado na chamada "bacia das almas" contra o America-MG na Neo Química Arena, foi na vitória por 0 x 1 frente ao Atlético-GO do chorão e quase vidente técnico Jorge de Amorim Campos (reclamou da arbitragem dizendo que, se fosse para o nosso lado, dariam o gol. Ou seja, o ótimo lateral do tetra tentou prever o futuro). O futebol pobre do Timão só não fez o rubro-negro goianiense vencedor na segunda etapa porque o treineiro talvez não insista nas finalizações durante as atividades de preparação e prefira chorar nas entrevistas coletivas.
Depois da moral para Jorginho, voltemos ao que importa. Não dá para esquecer os maus momentos vividos pelo time do Corinthians nas ultimas duas rodadas. A estagnação do aproveitamento técnico alvinegro mostra-se evidente tanto na performance individual como na coletiva quando o papo é de ataque. O “saber sofrer”, tão conhecido e vivenciado pela Fiel, vem se tornando motivo de pânico para corinthianas e corinthianos antes, durante e até depois dos 90 minutos. Culpa do desequilíbrio técnico das ações de jogo em que a equipe se vira bem na defesa, mas demonstra ineficiência para puxar um mísero contra-ataque.
Embora com mais sorte do que juízo, como dito naquele velho e conhecido refrão, é inegável constatar que a possibilidade de somar seis pontos nas próximas duas rodadas (hoje em Cuiabá-MT contra os donos da casa e sábado no duelo ante ao Juventude-RS em Itaquera) empolga. Atual primeiro colocado com 18 pontos em nove jogos, o Timão faz do alto custo dos maus resultados dos rivais motivo para ser contundente em atingir o máximo possível na pontuação na primeira parte do campeonato. Ademais, ninguém em sá consciência descartaria uma vitória no jogo desta noite e nem na véspera do Dia dos Namorados. Seria o ideal para evidenciar algo místico, que vai muito além da confiança. O Corinthians na liderança preocupa os demais. O peso da responsabilidade dos adversários aumenta e pode servir de combustível para o Coringão seguir firme (por que não?) na luta pelo octa.
Entusiasmo ou desconfiança do torcedor à parte, o fato é que em uma disputa de pontos corridos o resultado significa muito mais que o desempenho. Basta saber se nas nossas próximas conversas estaremos a analisar um Corinthians mais contundente no ataque e com os feras do elenco sendo decisivos. No entanto, além de crer que o plantel vai assimilar de vez o discurso de Vitor Pereira, torçamos para que os prováveis seis pontos dessas duas rodadas seguintes consolidem-se. Eles serão essenciais para a afirmação da trajetória corinthiana no Brasileirão 2022.
VAI, CORINTHIANS!
Foto 📷 Rodrigo Coca
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