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Alex Dinarte

incômodo ou privilégio?

O técnico Vítor Pereira continua incomodado no cargo de treinador do Corinthians. Há algumas semanas, falamos aqui sobre o inconveniente do treineiro com o caso do Róger Guedes e o desabafo do comandante nas entrevistas coletivas. Agora, o incômodo é a ausência de peças de reposição no elenco, visto que o Corinthians pode estar fadado a disputar as decisões contra Santos, na Copa do Brasil, e Boca Juniors-ARG, na Libertadores, sem figuras importantes do plantel. Teve até bronca em quem reclama, como se a torcida e os canais de comunicação não pudessem exigir mais do time que, por exemplo, tem problemas nítidos para finalizar jogadas e definir as partidas.

Diferente de quem gosta da polemização, neste espaço entendemos as preferências e alguns motivos do treinador. Já citamos que a ideia era tentar montar duas equipes em um curto espaço de tempo, para buscar o melhor futebol do time nas competições e, ao invés de ter um time entrosado, teríamos dois. No entanto, além do desgaste físico evidente, o desempenho alvinegro nos gramados preocupa a Fiel. O rodízio para beneficiar alguns atletas de nível técnico elevado e poupá-los da maratona de jogos, não foi suficiente para impedir lesões de Fagner (voltou na vitória do último domingo contra o Goiás), João Victor (deve estar pronto para encarar o Boca na Argentina), Willian (não relacionado para a partida de domingo), Gil e Renato Augusto (saíram contundidos durante o jogo e viraram dúvidas para as oitavas das copas). Além disso, o time ainda não conseguiu entrosar-se o bastante para garantir a confiança que permite plena credibilidade no trabalho do experiente treinador. Isso se dá principalmente pelo fato de que oportunidades para jogadores menos qualificados, como Robson Bambu e Bruno Melo, junto a algumas escolhas por improvisações e variações táticas mal-treinadas, podem elevar o risco de derrota em partidas decisivas das chamadas “taças”.


O fato é que o tamanho da culpa do treinador não é tão grande como ele acha que é. Por isso, talvez, o incômodo fique tão nítido na sinceridade do lusitano quando vai falar à imprensa. Poucas vezes, no curto espaço de tempo de trabalho da comissão, vi o atual técnico do Corinthians à vontade. A pressão no Corinthians significa exatamente saber conviver com essa cobrança a todo o tempo, Pereira. Planejamento errado, elenco reduzido, se está sol ou chovendo, eram coisas que estavam nítidas desde o começo e as condições foram aceitas. A não ser que lhe tenham prometido algo diferente do que tens em mãos, ó pá, o negócio é trabalhar com o que tem e exigir ao menos luta dentro de campo (o que, para mim, não vem faltando), pois “bola por bola” ainda não estamos a ver e vamos seguir reclamando. A Fiel cobra de quem ela sabe que pode mais, no entanto, é preciso saber de Pereira se treinar o Corinthians é um privilégio ou um peso para a carreira.


Sigamos na torcida. E Vai, Corinthians!

Foto: Rodrigo Coca

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