O que se esperava da estreia do Corinthians na Libertadores Feminina de 2024 era um time que entrasse em campo para dominar e impor seu jogo, mas o que se viu foi uma equipe apática, desorganizada e sem a intensidade característica das Brabas. No empate por 0x0 contra o Boca Juniors, o primeiro tempo foi praticamente um pesadelo para o time alvinegro. As argentinas tiveram liberdade para explorar o campo, criando chances e sufocando a defesa corinthiana.
Os primeiros 40 minutos foram de total domínio do Boca, que encontrou espaços pelos lados e no meio, obrigando a defesa do Corinthians a trabalhar mais do que o esperado. A falta de compactação e a lentidão na transição entre defesa e meio-campo permitiram que as adversárias ameaçassem repetidamente. O setor defensivo falhou na marcação, e o meio-campo foi incapaz de segurar a bola e construir jogadas. Somente nos minutos finais da primeira etapa, o Corinthians começou a reagir, mas sem muito perigo para o gol adversário.
Na volta para o segundo tempo, a postura foi diferente. O Corinthians finalmente mostrou mais presença, pressionando o Boca em seu campo defensivo. A mudança de atitude foi visível, e o time passou a ditar o ritmo da partida. No entanto, a falta de criatividade no último terço do campo e a dificuldade em encontrar alternativas para furar a defesa bem postada das argentinas acabaram limitando o desempenho. A equipe alvinegra teve mais posse de bola e até criou algumas oportunidades, mas a imprecisão nas finalizações e a insistência em jogadas previsíveis frustraram qualquer tentativa de abrir o placar.
Foi um empate que deixa um sinal de alerta. As Brabas precisam reencontrar sua identidade e consistência rapidamente se quiserem brigar pelo título. A estreia mostrou um time sem a confiança e a garra que são marcas registradas do Corinthians. Faltou contundência no ataque e segurança na defesa, e um ponto conquistado em um jogo onde se esperava a vitória é um resultado abaixo do esperado.
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