No dia 10 de novembro de 2024, a Neo Química Arena foi palco do segundo jogo das semifinais do Campeonato Paulista Feminino. Com a vantagem do 1x0 conquistado no Estádio do Canindé, as Brabas do Corinthians enfrentaram o São Paulo em um duelo tenso para definir quem avançaria às finais contra o Palmeiras. O resultado de 1x1 garantiu a vaga alvinegra na decisão, mas o desempenho da equipe levantou algumas questões importantes.
Primeiro Tempo
O jogo começou equilibrado, com o Corinthians buscando impor velocidade e presença ofensiva, mas enfrentando uma marcação firme do São Paulo. As Brabas conseguiram algumas finalizações, embora não fossem as melhores escolhas de jogada, enquanto o Tricolor apostava em lançamentos longos para surpreender a defesa corinthiana.
Aos 26 minutos, o cenário mudou drasticamente após um erro infantil e irresponsável da lateral Isabela, que entregou a bola de presente para a adversária, resultando no gol são-paulino. A partir daí, o São Paulo dominou o jogo, pressionando a saída de bola corinthiana e aproveitando a falta de organização do time da casa, que não conseguiu reagir. Sem criatividade, o meio-campo foi ineficiente, e os minutos finais do primeiro tempo não trouxeram mudanças no placar.
Segundo Tempo
A etapa final começou com o São Paulo mantendo o domínio, dificultando a vida das Brabas, que não conseguiam sequer passar da sua intermediária com a bola controlada. Entretanto, as substituições realizadas aos 53 minutos, com as entradas de Millene e Eudimilla, mudaram completamente o panorama do jogo.
Millene, em especial, foi fundamental para a reação alvinegra. Aos 71 minutos, após uma jogada de destaque pelo lado esquerdo, sofreu um pênalti que ela mesma converteu, empatando a partida. A partir do gol, o Corinthians cresceu no jogo, posicionando-se no campo ofensivo e pressionando intensamente a defesa adversária.
Nos minutos finais, após um susto com a goleira Lelê, o jogo ganhou intensidade, com ambas as equipes buscando o ataque. Apesar das chances criadas, nenhuma das equipes conseguiu alterar o placar.
Análise Individual das Jogadoras
Lelê (12): Fez boas defesas e cumpriu seu papel, sem culpa no gol adversário. O choque no segundo tempo trouxe tensão, mas ela seguiu firme.
Paulinha (21): Irregular, com muitos erros de passe e dificuldade na marcação, embora tenha crescido em momentos de pressão.
Dani Arias (16): Uma das melhores da defesa, mostrou eficiência nos desarmes e em momentos cruciais.
Mariza (20): Alternou entre bons passes e dificuldades sob pressão, mas foi consistente no segundo tempo.
Isabela (6): Um dia para esquecer. Erros defensivos graves, incluindo a falha no gol, marcaram sua atuação.
Ju Ferreira (28): Lutou sem a bola, mas esteve perdida em alguns momentos defensivos.
Duda Sampaio (27): Mais presente no segundo tempo, contribuiu com desarmes e organização ofensiva.
Vic Albuquerque (17): Apagada, não conseguiu ser efetiva em nenhuma função.
Carol Nogueira (77): Sem impacto no jogo; saiu aos 53 minutos.
Gabi Zanotti (10): Mostrou qualidade com passes e proteções, mas não foi suficientemente acionada.
Gabi Portilho (18): Isolada no ataque, teve atuação discreta e saiu aos 53 minutos.
Substituições:
Millene (14): A estrela do segundo tempo. Trouxe mobilidade, marcou o gol de pênalti e foi a principal jogadora ofensiva.
Eudimilla (11): Aumentou a presença ofensiva pela direita, embora ainda comete muitos erros técnicos.
Jhonson (40): Participou pouco, mas ajudou na pressão nos minutos finais.
Conclusão
O Corinthians garantiu a vaga na final, mas o desempenho deixou a desejar. O time mostrou dificuldades graves na saída de bola e um meio-campo desorganizado, problemas que precisam ser corrigidos urgentemente. As substituições foram determinantes para a reação, destacando a importância de Millene na partida.
Por fim, a arbitragem foi desastrosa, prejudicando o ritmo do jogo e aumentando a tensão entre as jogadoras. Apesar disso, a garra do Corinthians nos momentos decisivos mostrou por que esta equipe continua a lutar pelos títulos que disputa.
O que esperar para a final? Um time que jogue os 90 minutos com a intensidade que demonstrou nos melhores momentos deste jogo.
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