A vitória por 5 a 0 do Corinthians sobre o Fluminense na 7ª rodada do Campeonato Brasileiro Feminino no Estádio Alfredo Schürig revelou um desempenho marcado pela eficiência das jogadoras corintianas, embora também tenha destacado algumas lacunas táticas na abordagem da equipe.
Crítica do Primeiro Tempo:
O Corinthians iniciou o jogo com uma postura agressiva, aproveitando-se dos espaços concedidos pelo Fluminense. A movimentação dinâmica liderada por Gabi Portilho e Duda Sampaio proporcionou diversas oportunidades de gol, resultando em uma vantagem confortável de 4 a 0 até o intervalo. No entanto, a dependência excessiva das jogadas pelas pontas e dos cruzamentos para a área evidenciou uma previsibilidade que pode ser explorada por equipes mais organizadas defensivamente. Destaque para a atuação de Erika, que marcou dois gols e demonstrou versatilidade ao apoiar o ataque.
Crítica do Segundo Tempo:
No segundo tempo, o Corinthians manteve o controle do jogo, porém em um ritmo mais lento e administrativo. Com a partida já decidida, a equipe adotou uma abordagem mais conservadora, priorizando a posse de bola e reduzindo o ímpeto ofensivo. Apesar disso, ainda conseguiu ampliar o placar com mais um gol, demonstrando sua superioridade técnica sobre o Fluminense. No entanto, a falta de criatividade e a persistência nas jogadas previsíveis pela ponta direita mostraram uma limitação na variedade de opções ofensivas.
Avaliações Individuais:
Kemelly (24): No primeiro tempo, sua participação foi limitada devido à falta de ações ofensivas do Fluminense. No segundo tempo, participou pouco, mas demonstrou atenção quando foi exigida.
Isabela (6): No primeiro tempo, Isabela se destacou por seu apoio constante ao ataque e sua participação ativa nas jogadas, especialmente em conexão com Gabi Portilho. No segundo tempo, proporcionou segurança defensiva e contribuiu positivamente ao avanço do jogo.
Erika (99): No primeiro tempo, teve uma atuação brilhante, marcando dois gols e demonstrando sua versatilidade ao contribuir tanto na defesa quanto no ataque.
Mariza (20): No primeiro tempo, desempenhou bem seu papel defensivo, fechando espaços e garantindo a solidez na retaguarda. No segundo tempo, manteve seu desempenho consistente, sem dar chances significativas às atacantes adversárias.
Tamires (37): Teve uma atuação básica e precisa, especialmente no primeiro tempo, contribuindo para a organização do meio-campo e a transição defensiva- ofensiva. No segundo tempo, sua presença foi sólida, mantendo a consistência ao longo da partida.
Ju Ferreira (28): No primeiro tempo, demonstrou intensidade e precisão em suas marcações, contribuindo para a segurança defensiva da equipe.
Yaya (8): Destacou-se como uma das melhores em campo, tanto no primeiro quanto no segundo tempo, administrando o jogo com precisão e distribuindo passes decisivos.
Duda Sampaio (27): No primeiro tempo, teve participação ativa nas jogadas ofensivas, aproveitando as falhas adversárias e contribuindo com um gol. No segundo tempo, manteve sua atuação técnica e prática, explorando as brechas na defesa adversária.
Gabi Portilho (18): Foi uma das melhores em campo, aproveitando os espaços e liberdade para criar oportunidades. No primeiro tempo, sua atuação foi destacada, porém, no segundo tempo, saiu cedo, ainda demonstrando sua precisão nos cruzamentos.
Millene (14): Teve uma participação discreta, especialmente no primeiro tempo, devido à concentração das jogadas no lado oposto ao qual atuou. No segundo tempo, sua contribuição não se destacou, sendo pouco acionada durante a partida.
Jheniffer (9): No primeiro tempo, participou pouco devido à falta de oportunidades criadas para ela. No segundo tempo, saiu cedo, prejudicada pela tática da equipe que não a favoreceu.
Eudimilla (11): Sua atuação foi abaixo do esperado, com dificuldades para se posicionar e se adaptar ao estilo de jogo da equipe. Demonstrou falta de entendimento sobre sua função tática.
Paulinha (21): Entrou no segundo tempo e, apesar de não ter se destacado, foi participativa e contribuiu para manter o ritmo da equipe.
Dani Arias (16): Entrou no segundo tempo e fez seu papel na defesa, embora não tenha contribuído tanto ofensivamente quanto Erika.
Leticia Santos (2): Entrou no segundo tempo e não se destacou, cumprindo seu papel defensivo, mas sem grande impacto no jogo.
Marussia (25): Entrou no segundo tempo com uma atuação discreta, mantendo o padrão de jogo da equipe.
Lucas Piccinato: No 1° tempo utilizou uma tática que, embora limitada, foi compensada pela qualidade das jogadoras, resultando em uma vantagem no placar. No 2° tempo Demonstrou dificuldades em posicionar as jogadoras de forma eficaz, resultando em trocas de posição e substituições questionáveis. Sua abordagem tática, caracterizada por toques laterais e busca constante pela ponta, revelou falta de criatividade e eficácia. Há margem para melhorias na gestão da equipe e nas decisões durante a partida.
Então,
A vitória convincente do Corinthians Feminino sobre o Fluminense reflete a força e a qualidade individual do elenco, porém também evidencia a necessidade de aprimoramento tático e de uma maior diversificação nas jogadas ofensivas. Com ajustes pontuais e uma abordagem mais estratégica, o Corinthians tem potencial para alcançar patamares ainda mais elevados no cenário do futebol feminino brasileiro.
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