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🚨 Alerta no Parque São Jorge: Goleada não apaga a crise técnica do Corinthians Feminino no Brasileirão



O Corinthians protagonizou um dos momentos mais dolorosos da temporada ao ser derrotado, de virada, dentro da Fazendinha, pelo arquirrival Palmeiras na 4ª rodada do Brasileirão Feminino 2025. O clássico foi equilibrado até certo ponto, com boas chances para ambos os lados na primeira etapa, mas o Timão perdeu o controle emocional e tático na etapa final. Mesmo abrindo o placar com Andressa Alves, as Brabas recuaram demais e permitiram a reação do rival, culminando num golaço de falta de Andressinha no último lance. Um golpe fatal, no peito da Fiel, com gosto amargo e um roteiro dolorosamente previsível.


A derrota para o Palmeiras não foi só uma questão de perder a invencibilidade — foi simbólica. O time mostrou fragilidade defensiva, falta de repertório ofensivo e, mais grave ainda, um treinador completamente passivo à beira do campo. A leitura equivocada de Lucas Piccinato e a demora para reagir taticamente foram determinantes para o desfecho. Perder um dérbi nesses moldes é mais do que tropeçar na tabela: é um recado claro de que algo está muito errado na condução do projeto técnico.


O empate com o Fluminense na rodada seguinte, por 1 a 1, serviu apenas para esticar o jejum e aumentar a sensação de estagnação. O time carioca foi melhor na maior parte do jogo e criou oportunidades mais perigosas. O gol de empate de Letícia Monteiro, já no fim da primeira etapa, mascarou um primeiro tempo sofrível. O Corinthians mostrou lentidão na construção ofensiva, pouca criatividade no meio-campo e um descompasso coletivo assustador — características recorrentes nas últimas atuações.


No segundo tempo, as mexidas de Piccinato pouco surtiram efeito. O time seguiu desorganizado, dependente de lampejos individuais e salvando-se, mais uma vez, por conta de atuações pontuais como as de Gi Fernandes e Nicole Ramos. Diante de um adversário tecnicamente inferior, o Corinthians teve dificuldades para se impor. É inaceitável que um elenco do calibre das Brabas pareça tão desorientado e sem identidade tática diante de desafios médios. A falta de padrão virou marca registrada da equipe nesta temporada.


Na rodada seguinte, veio o alívio enganoso: 8 a 0 sobre o frágil Instituto 3B, na Fazendinha. Um placar que, à primeira vista, parece um sinal de recuperação, mas que ao olhar mais atento revela um adversário muito abaixo do nível da elite nacional. A goleada foi construída com facilidade diante de uma defesa amadora, e em momento algum o Corinthians foi realmente testado. É o típico “chocolate” de Páscoa que engana o paladar: doce por fora, vazio por dentro.


Mesmo com um time misto, o Corinthians se impôs fisicamente e tecnicamente — como deveria. No entanto, a atuação novamente expôs a falta de organização. A goleada veio no talento individual das jogadoras, não por um modelo coletivo eficiente. O placar elástico é conveniente para esconder os problemas internos, mas a verdade é clara para quem acompanha de perto: o time segue sem padrão tático, sem intensidade e com decisões técnicas equivocadas.


E aqui vai a crítica mais dura e necessária: Lucas Piccinato perdeu a mão. Suas escalações são confusas, suas substituições são inócuas e sua leitura de jogo, ultrapassada. Um elenco como o do Corinthians não pode se contentar com lampejos. Falta comando, falta coragem para mexer na estrutura e, acima de tudo, falta autocrítica. O time está patinando em campo e, enquanto Piccinato continuar no banco, os tropeços não serão exceção — serão rotina. O Corinthians precisa mais do que talento individual: precisa de um técnico à altura da história que representa. E, neste momento, não tem.

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